O Grupo de Trabalho de Mulheres da Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (GT Mulheres da AARJ), criado em 2013, é um grupo permanente de fortalecimento, apoio e troca de experiências agroecológicas. Suas bases, para reflexão e ação, são o feminismo, a economia solidária e o bem viver. Integra a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). No Rio de Janeiro (RJ), organiza-se em seis regiões do Estado: Metropolitana, Serrana, Serramar, Costa Verde, Norte e Médio Paraíba. Cada território atua com autonomia, dadas as suas particularidades, mantendo o elo com as práticas de bem viver.
O Grupo de trabalho (GT) Mulheres Serramar da AARJ é formado por cerca de 25 agricultoras rurais e urbanas, viveiristas, artesãs, feirantes, técnicas, professoras e estudantes, de alguns municípios, dentre eles o município Casimiro de Abreu, situado no interior do Estado do Rio. Esse município, com cerca de 41.000 habitantes, é um pólo de turismo com grande importância ecológica; possui rios, cachoeiras e mar além de abrigar diversos animais ameaçados de extinção. Ali, algumas dessas agricultoras vivem e trabalham em assentamentos, em que, junto com suas comunidades, lutam pela posse da terra, pelo direito de praticarem seu modo de vida e pela soberania alimentar.
O grupo, que não possui personalidade jurídica, é um espaço horizontal e plural de auto-organização de mulheres do campo. Desde 2017, quando foi criado, tem investido em processos de construção coletiva do conhecimento em Agroecologia, Soberania, Segurança Alimentar e Nutricional (SSAN), como também em feminismos como estratégia de formação política.
Orientadas pela educação popular, as integrantes definem, de forma participativa e horizontal, os temas estratégicos a serem desenvolvidos sob o formato de oficinas e trocas de experiências a partir da metodologia “campesino a campesino”, na qual as próprias agricultoras exercem o papel de educadoras e educandas.
